Você conhece as ideias da Cultura e Educação Maker?
Veja aqui os principais pontos e propostas do “faça você mesmo”.
Há tempos a Educação tem discutido a importância de proporcionar espaços e propostas que valorizem oportunidades para crianças e jovens estudantes praticarem seus conhecimentos e interesses.
Essa valorização faz parte de Metodologias Ativas, como a Pedagogia por Projetos, Sala de Aula invertida, Learn by Doing e a Cultura Maker.
Essas últimas duas são bastante parecidas em suas concepções, no entanto, a ideia de John Dewey (Learn by Doing) tem pressupostos mais amplos e anteriores à Cultura Maker – para saber mais, leia nosso post específico.
Cultura Maker – DIY
As ideias da Cultura Maker são consideradas parte da filosofia Do It Yourself (DIY), o Faça Você Mesmo.
Tal filosofia está relacionada a muitos Repertórios Culturais, principalmente relacionados às Artes.
O conceito é que qualquer pessoa pode consertar, criar e realizar objetos e produtos.
Com os avanços e maiores acessos à Cultura Digital, a filosofia do Faça Você Mesmo está ocupando espaços em diferentes âmbitos.
Desde espaços domésticos, a empresariais e sociais. Considerando-se a cooperação e compartilhamento das ideias.
Assim entra a Educação com suas contribuições e aproveitamentos.
Educação Maker
Ora, se uma das principais contribuições da Cultura Maker é a democratização do conhecimento e o incentivo à resolução de problemas com a “mão na massa”, a Educação tem papel importante para a disseminação desses conceitos.
Afinal, sabemos que quando as áreas do conhecimento se aproveitam de atividades práticas, estudantes, professoras, professores e todas as pessoas da comunidade escolar aprendem mais!
E isso vale para toda a Educação Básica, passando pela Educação Infantil, pelo Fund.1, Fund.2 e o Ensino Médio.
Além das atividades práticas que geram mais engajamento e interesse, a Cultura Maker propicia o desenvolvimento de Competências Gerais propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), relacionadas ao autoconhecimento, a cooperação e à responsabilidade cidadã.
Pois, para o espaço maker, é imprescindível a compreensão e o envolvimento de todas as pessoas (crianças, jovens e adultas) envolvidas nos projetos e oficinas.
Outro ponto importante, a Educação Maker fomenta ideias para o empreendedorismo.
Ressaltamos que os princípios sustentáveis, justos, inclusivos e democráticos precisam permear qualquer ação, para que haja sentido dentro da perspectiva da Educação Integral.
E na prática, como criar espaços para a Cultura Maker?
Uma escola pode abrir espaços novos ou adaptar existentes para a prática da Educação Maker.
Laboratórios, Salas de Arte, Ateliês e até mesmo as salas comuns podem ganhar adaptações, caso não haja oportunidade para novos espaços.
O que é preciso?
Ferramentas diversas, relacionadas à marcenaria, à mecânica e à construção civil (martelos, alicates, madeiras, arames etc.); sucatas, materiais recicláveis… A imaginação abre horizontes!
Por exemplo, em uma peça de teatro, todos os figurinos e cenários, podem ser confeccionados em grupos de trabalho.
Parcerias com empresas de robótica, peças de montar e impressoras 3D também são pontos fortes para implementação da Cultura Maker.
Outro tipo de parceria interessante acontece com aparelhos e programas públicos, como por exemplo o Fab Lab Livre SP. Laboratórios públicos da cidade de São Paulo, abertos a qualquer pessoa que queira desenvolver seus projetos tecnológicos.
Pois bem, consideramos que a Educação Maker é mais uma ferramenta poderosa para a transformação da Educação, dando a ela mais relevância em seus processos de ensino e aprendizagem.
Por fim, você tem alguma experiência “faça você mesmo” para compartilhar conosco?