Você conhece o conceito do Learn by Doing?
Veja neste post a ideia de John Dewey para o Aprender Fazendo.
Há muito tempo, desde Aristóteles, ouvimos dizer que fazendo se aprende a fazer.
Realmente, em muitas ações humanas, naturalmente é assim que acontece.
Por exemplo, conseguir andar vem com a prática de se levantar, iniciar alguns passos, cair muitas vezes até chegar à competência corporal.
Mas como acontece na escola, com os conhecimentos científicos?
O conceito de John Dewey
O estadunidense John Dewey (1859-1952) influenciou, e continua a influenciar, experiências escolares no mundo inteiro.
No Brasil, esteve presente nas concepções iniciais do Movimento Escola Nova, inspirando Anísio Teixeira e suas parcerias.
Para Dewey, praticar a ideia de que as crianças e estudantes em geral aprendem melhor quando se envolvem em processos concretos sobre os conteúdos é prioridade.
Além disso, o pensador nos faz acreditar que as aprendizagens se dão em um conjunto completo que envolve aspectos físicos, emocionais e intelectuais.
Assim, estudantes estão no centro do processo educativo, ativamente, com voz e participação.
Aí está a base da Educação Integral.
Learn by Doing, Aprender Fazendo
Hoje, cada vez mais, vemos que escolas e instituições de ensino buscam oferecer atividades com esses princípios de participação.
Pois estamos percebendo cada vez mais que isso gera maior engajamento na construção de conhecimentos significativos.
Paulo Freire também nos ensinou bastante sobre a importância de dar voz e ouvidos a quem aprende, deixando o ensino bancário, depositário e pouco reflexivo de lado.
Aprender exige envolvimento, isso gera resultados interessantes para quem ensina e para quem aprende, porque há trabalho mútuo e troca de saberes.
Quando professoras e professores abrem espaços de aprendizagens práticas, suas intenções pedagógicas ganham outras dimensões e suas turmas aproveitam mais!
Vale lembrar que a ideia do Learn by Doing está bastante associada à andragogia, ou seja, o ensino de pessoas adultas em formações de graduação, pós-graduação e institucionais.
Na pedagogia, o Aprender Fazendo está em toda a Educação Básica, seja na Educação Infantil, no Fund.1, Fund.2 ou no Ensino Médio.
Mão na Massa para Learn by Doing
Como praticar a ideia do Aprender Fazendo?
As Metodologias Ativas são boas plataformas para a prática do Learn by Doing.
Podemos pensar em Projetos, Oficinas, Salas de Aulas Invertidas, enfim, atividades que proporcionem alguns princípios, como a seguir:
Agir – as atividades pedagógicas devem abrir espaço para as ações concretas de reflexão e prática;
Refletir – do mesmo modo de abertura, as ações concretas devem proporcionar reflexões a partir das observações;
Conceituar – a ação e a reflexão devem abrir possibilidades para conceitos abstratos que possam ser testados, refutados ou aprovados;
Aplicar – o resultado da ação, da reflexão e da conceituação é a aplicação do conhecimento na vida prática, para que ganhe sentido.
Vantagens de Aprender Fazendo
Além das vantagens individuais, tanto para estudantes quanto para professoras e professores são os conceitos coletivos que envolvem a ideia de John Dewey e de outras pensadoras e pensadores e da educação.
Retomando a ideia de Educação Integral e da Competências Gerais preconizadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Educação deve ser pensada para a formação de pessoas conscientes e críticas, na construção de uma sociedade justa, inclusiva, sustentável e democrática.
Com a proposta do Learn by Doing, notamos que a Empatia e a Cooperação são essenciais, pois aprendemos em conjunto, com outras pessoas.
Além disso, percebemos que errar e acertar são faces diferentes dos processos de aprendizagem coletiva.
Assim, a autoestima, a confiança e a cidadania se fortalecem.
E você, já viveu alguma experiência bacana de Learn by Doing?