Você conhece os principais nomes e ideias das Escolas Construtivistas?
Neste post apresentamos reflexões sobre as práticas do Construtivismo na pedagogia.
O Construtivismo é um dos principais conceitos pedagógicos para propostas educativas.
No Brasil, ganhou força a partir do Movimento Escola Nova, nos meados do século XX. Mas qual é a concepção das Escolas Construtivistas?
Primeiramente, precisamos falar dos principais nomes que embasam as teorias em torno da concepção.
Certamente, o nome mais famoso para o construtivismo é Jean Piaget (1896-1980), no entanto, precisamos considerar ainda Lev Vygotsky (1896-1934) e Henri Wallon (1879-1962).
Os pioneiros do Construtivismo
De um modo bastante resumido, apresentamos alguns dos principais pontos das ideias de cada pensador:
- Piaget estudou as estruturas mentais que usamos na relação, comparação, classificação e dedução das informações e conhecimentos, nas nossas relações com objetos; assimilando-os e dando significado à essa assimilação.
- Vygotsky atestou que a aprendizagem é uma atividade social, para que ela alcance mais eficiência em sua relação entre quem aprende e o objeto de aprendizagem, a colaboração e intercâmbio entre pessoas de níveis de conhecimento diferentes é indispensável.
- Wallon refletiu sobre a afetividade entre as pessoas envolvidas nos processos de aprendizagem como essencial, pois as emoções são maneiras de provocar reações entre quem se envolve.
Assim, vemos que cada pensador tem uma característica específica, no entanto há um ponto convergente para os três: crianças e jovens como centro da aprendizagem.
Ou seja, o foco não está nos conteúdos transmitidos, mas em como as pessoas aprendem esses conteúdos de forma dialética.
Além disso, esse centro da aprendizagem é mediado entre pessoas, objetos de estudo, espaços físicos e espaços digitais – esses aqui, principalmente considerando nossa História mais recente.
Desse modo, professoras, professores e estudantes se complementam nos processos.
Aprender algo exige interação, diferente do que se acreditava…
Mitos e confusões das Escolas Construtivistas
Inicialmente, em muitos lugares, acreditou-se que colocar crianças e jovens como pessoas autônomas nos seus processos de aprendizagem significava deixá-las aprenderem sozinhas, por si mesmas.
Nesse pensamento, era suficiente colocar estudantes diante de materiais e exposições de conhecimento para que as habilidades e competências necessárias fossem desenvolvidas. A partir do simples interesse.
Isso criou diversas lacunas, principalmente nas etapas de alfabetização.
Pois para o desenvolvimento da leitura e da escrita de textos que atendam normas e padrões da língua escrita, intervenções de professoras e professoras são essenciais.
No início, essas intervenções foram negligenciadas, criando más interpretações para as ideias das Escolas Construtivistas.
Mas hoje estamos entendendo que colocar estudantes como protagonistas na construção de seus conhecimentos é uma estrada de mão dupla.
Nesse caminho, profissionais e estudantes são protagonistas igualmente. Ainda mais se considerarmos o pensamento do nosso patrono da Educação, Paulo Freire:
Nossa incompletude se complementa em nossa dialogicidade. Estudantes e mestres caminham lado a lado nas veredas das aprendizagens.
Afinal, o que é uma Escola Construtivista?
Para concluir, devemos considerar que uma escola construtivista é um espaço pedagógico que considera crianças e jovens protagonistas de seus conhecimentos.
Mas esse protagonismo conta com o apoio de profissionais que mediam os processos para o desenvolvimento de habilidades e competências específicas, acumuladas ao longo da História da humanidade.
Com isso, os repertórios culturais e científicos formalizam as práticas interativas entre pessoas, espaços e objetos de estudos, visando à formação integral.
Ou seja, a escola é um espaço para desenvolvermos nossas dimensões cognitivas, sociais e emocionais, considerando nossas parcerias humanitárias.
Deste modo, o Construtivismo não é um método encerrado, é um conjunto de pensamentos, estudos e práticas da área da psicologia e da educação que contribuem com as ações para a construção das múltiplas inteligências.
Como complemento para os estudos de Piaget, Vygotsky e Wallon sugerimos materiais do professor Yves de La Taille.
E sobre alfabetização na perspectiva construtivista, sugerimos os estudos de Emilia Ferreiro.
“Na Teia Multicultural seguimos a perspectiva de Emilia Ferreiro em nosso processo de alfabetização, fazemos isso desde 2005 e todos os anos alfabetizamos diversos alunos, inclusive em 2020 alfabetizamos uma turma inteira utilizando as tecnologias digitais, ou seja, remotamente.
Temos como principais referências os autores aqui citados e, a partir dessas construções teóricas, criamos a nossa proposta pedagógica totalmente inovadora e autoral, desenvolvida pela mestre em currículo, atriz e neuropsicopedagoga Georgya Corrêa.”
Lucas de Briquez
Por fim, para nossa interação aqui, nos conte um pouco sobre suas relações pessoais com as ideias do Construtivismo.